Os mais velhos (como eu!) Talvez se lembrem de Marble Madness, um jogo com um conceito ultra simples: dirigir uma bola de gude em um ambiente evitando certas armadilhas.
Para cima, Lonely Robots vai assumir um pouco esse conceito, mas em vez de um plano horizontal, torres gigantescas terão que ser escaladas com sua bolinha.
Para situar um pouco a história, alguns cientistas malucos quiseram criar uma espécie de inteligência artificial que se rebelasse contra eles, na forma de robôs, e a humanidade foi forçada a se esconder em torres altas, daí a presença de árvores em seu topo. Mas, obviamente, essas árvores não são uma fonte suficiente de alimento (e viver no topo de uma torre o tempo todo, isso deve ser chato do mesmo jeito), então nossos queridos cientistas estão tentando encontrar uma solução. Mas hey, vamos apenas dizer, a aparência de narração é um pouco supérflua, não é necessariamente o que estamos procurando em um jogo como esse.
O funcionamento é muito simples, direcionamos o robô para a direita ou para a esquerda (com as setas no teclado ou no joystick do controlador) e um botão para saltar de plataforma em plataforma. Alguns poderes também podem ser desbloqueados, como teletransporte ou salto duplo.
Conforme os níveis progridem, a dificuldade aumenta e os inimigos começam a aparecer (e portanto devem ser evitados). Tomando a aparência de insetos, devemos evitar inicialmente lesmas simples, rastejando nas plataformas. Aí se diversificam, começam a voar e evitá-los exigirá cada vez mais reflexos e antecipação para chegar até o fim.
Principalmente porque esses robôs-insetos não serão seus únicos inimigos. O tempo também trabalhará contra você. Um medidor se esvazia gradualmente, representando a energia da bola. Depois de chegar ao zero, a bola está fora de serviço e o nível perde-se. Felizmente, as frutas estão espalhadas pelos níveis, possibilitando a recuperação dessa preciosa energia. Mas, inevitavelmente, isso exige antecipar ainda mais seus movimentos, de acordo com os inimigos e as plataformas disponíveis.
Para variar um pouco desde o modo simples de história, com narração quase inútil, o jogo oferece dois outros modos: o modo infinito, onde você escala uma torre sem fim, que fará as delícias dos fãs de pontuação. Bem como um modo de dois jogadores, que deve subir a torre antes do outro, com um monte de configurações possíveis.
Antes de concluir, queria apenas fazer um pequeno comentário sobre a música, que é um dos pontos fortes do jogo. Inebriante, lembra-me muitas melodias de RPG dos anos 90. A única desvantagem é que sinto que estou ouvir o mesmo o tempo todo. Uma pequena variedade com a mesma qualidade teria sido apreciada.
Concluindo, Upwards, Lonely Robots não é fundamentalmente um jogo ruim. Em especial, acho que é um daqueles jogos em que você ama ou não gosta de nada. Fãs de gols podem encontrar sua conta lá, bem como jogadores ocasionais que desejam passar alguns minutos de relaxamento. Mas há poucas chances de ele revolucionar o gênero.